Os temas debatidos foram "O contributo da industria extractiva para o desenvolvimento económico do país” e "O que deve ser feito sob o ponto de vista nacional e europeu com vista a promover a reindustrialização em Portugal e na Europa”.

Neste debate a ANIET teve a oportunidade de destacar a importância de Portugal como um dos países da Europa com riqueza e grande diversidade de recursos minerais com interesse económico que, aliadas a um forte compromisso das empresas com a responsabilidade ambiental e social, lhe conferem um elevado potencial para efeitos de exploração de tais recursos.

Além das matérias primas de qualidade, a indústria conta com tecnologia avançada, conhecimento, formação contínua, rigoroso cumprimento de prazos entre outros aspectos positivos que a caracterizam.
 
Nos últimos anos tem se verificado ainda um reconhecimento, por parte do governo, da importância estratégica deste Sector.

Contudo, a ANIET defendeu que, a reindustrialização enfrenta grandes dificuldades em Portugal e na europa, provocadas, em grande parte, pela política energética (energia eléctrica e combustíveis).

Além desta fragilidade, focou ainda como entraves à reindustrialização:

• a actual carga fiscal que asfixia as empresas e o crescimento económico;
• os processos de licenciamento, complexos e excessivamente burocráticos;
• a morosidade na negociação e assinatura de novos contratos de prospecção e pesquisa de massas minerais
• as dificuldades no acesso ao crédito por parte das PME’s (cauções e linhas de credito)
• a promoção da competitividade dos portos portugueses, entre outros.

A indústria extrativa tem, efetivamente, uma relevância notável no panorama económico nacional, traduzida no seu contributo para o Produto Interno Bruto, no número de pessoas que emprega ao longo de todo o território nacional e no dinamismo exportador revelado ao longo dos últimos anos. Poderá, assim, ser um dos pilares da reindustrialização e do desenvolvimento económico de Portugal nos próximos anos, contribuindo não só para o crescimento económico, mas também para a redução do défice externo português e para a criação de emprego.